Eu pensei que seria mais fácil. Eu pensei que poderia controlar esta mudança que se faz urgente. Eu, sempre com esta minha lógica cartesiana, achava que era só seguir os passos, as etapas... mas qual é o plano? No auge dos meus vinte e poucos anos, fim de faculdade, fim do fim me pergunto ‘e agora?’ Vejo que a panacéia me deslumbrou e me iludiu. E de repente eu sinto como se nada tivesse mudado. Mas muita coisa mudou, só que os valores e significados dessas mudanças foram por mim deturpados, eis ai o problema. Fugir? Não, infelizmente as portas estão fechadas e agora só a ‘verdadeira’ eu poderá abrir qualquer uma delas. Mas quem sou eu? Esta pergunta milenar inquieta e buscar a sua resposta assusta. Por enquanto vou seguindo, confesso que não sei sequer se ando para trás ou para frente, somente ando. No fundo, tenho uma boa sensação de que as coisas podem melhorar e assim prossigo.
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