Novamente esta ausência de sentido me faz desejar o desconhecido. E isto está tão forte que talvez eu consiga me perder neste processo, o que seria muito bom.
Este padrão não mais se sustenta, quero mesmo é mergulhar de cabeça na existência pura. Ao passo que estes passos coordenados, retilíneos, racionalmente projetados perderam a graça e não encontro mesmo qualquer força em levantar uma perna para continuar seguindo este caminho.
Ao mesmo tempo vejo que o desconhecido não fica tão longe, do outro lado do mundo, num país curioso e esta percepção é o que mais me incomoda.
Ora se o desconhecido esta aqui, por que ele não se revela aos meus olhos? E se ele é tão desconhecido assim como se posta, por que meu coração em chamas, palpita, sufoca e me leva a sua busca incessante, como se eu o conhecesse bem?
Parece que sei o que procuro, não um saber consciente e por isso tão verdadeiro.
Mas ainda tonta, levada de um singelo desespero, não consigo sentir o meu toque neste desconhecido, ou o seu toque em mim.
E neste desvario, continuo minha saga em sua busca, na crença de que dias de tranqüilidade e paz interior virão e a vida seguirá bailante e cadente.